terça-feira, fevereiro 24, 2009

Dissertação: Felizmente Há Luar!



Qual a importância dos símbolos não linguísticos na obra "Felizmente Há Luar!"


Na obra “Felizmente Há Luar!” existem vários signos não linguísticos deveras importantes para a compreensão do contexto histórico da peça e da mensagem final. Ao lermos este livro, encontramos elementos que possuem uma significância própria e que não se limitam a embelezar o texto dramático.
Na minha opinião, os símbolos que melhor retratam a época da história são: o cenário de abertura dos actos I e II (demonstrando a pobreza do povo), o som dos tambores e dos sinos (simbolizando a repressão a que o povo estava sujeito) e a moeda de cinco réis (simbolizando o desrespeito que os mais poderosos mantinham com os mais fracos, contrariando os mandamentos da Igreja). Assim, é possível concluir que esta era uma época cujo regime político era absolutista, não havendo liberdade de expressão. Outros demonstram que o povo ainda tem esperança na luta contra o regime, como a saia verde, a luz e a Lua.
Os símbolos fundamentais para a compreensão de “Felizmente Há Luar!” são o luar e a fogueira. O luar possui duas conotações diferentes: do lado dos opressores, D. Miguel diz “Felizmente Há Luar!”, pois o seu objectivo era o de dissuadir os revoltosos e o luar desempenharia um papel fundamental; do lado dos oprimidos, a expressão dita por Matilde simboliza a esperança na luta contra o regime (o luar seria a luz a seguir no combate pela liberdade). Enquanto a fogueira, para D. Miguel, é um símbolo de ensinamento ao povo, para Matilde é a revelação de que a chama mantém-se viva e a liberdade há-de chegar.
Resumindo, os símbolos presentes nesta obra, em especial o luar e a fogueira, transmitem-nos a ideia de que a esperança na luta pela nossa liberdade é a última a morrer!

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