O quarto perfeito

Eu gostava de ter um quarto num sótão. Sempre achei que os sótãos eram misteriosos e excitantes. A casa, onde eu viveria, seria de madeira, pelo que o meu quarto estaria todo revestido deste material. O telhado seria inclinado, em forma de v invertido (/\). A minha cama ficaria de baixo do ponto mais alto do tecto, tendo por cima uma bela clarabóia para poder observar as estrelas de noite, ou ouvir o som da chuva a bater no vidro. Essa mesma clarabóia deveria ter cortinas de forma a eu poder controlar a quantidade de luz que entrava no quarto. Numa das paredes haveria uma janela grande com um parapeito mais extenso e largo do que o habitual, para que eu pudesse por lá umas almofadas e ficar a ler durante horas enquanto olhava pela janela. O quarto teria ainda que ter um abajour de cores quentes no tecto, cortinas leves e de tons claros, uma secretária grande de madeira escura e resistente, tapetes de cores claras e muitas estantes para eu poder arrumar todos os meus livros. Para além disto teria que ter dois armários: um para roupa e outro para poder arrumar filmes, jogos, álbuns...
Na secretária ver-se-ia uma impressora e um scanner que eu utilizaria para digitalizar e imprimir as minhas fotos e textos favoritos.
A janela grande, por sua vez, estaria voltada para um pequeno bosque de coníferas, do qual eu tiraria fotos ao amanhecer ou ao entardecer com a minha máquina fotográfica e a ajuda de um tripé.
No fundo seria um quarto sem muitas decorações ou bibelots, mas seria acolhedor e satisfazer-me-ia plenamente.

Postado por: Ana Joana